A manifestação de aeroviários na Avenida Vinte de Janeiro, que dá acesso ao Aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, nesta quinta-feira (12), fez vários passageiros perderem seus voos. O terminal funcionava normalmente, apesar da paralisação da categoria, que começou à 0h, mas o protesto atrasou vários viajantes que tentavam chegar ao local.
Por causa do ato e dos atrasos, a empresa TAM vai remarcar todos os voos sem custo aos clientes. Por volta das 9h10, o balcão de informações da companhia estava cheio. A empresária Tatiana Maia disse que todo o seu cronograma de viagem terá que ser alterado. “Eu saí de casa às 7h, e meu voo era às 9h. Por causa do trânsito, acho que vou perder todas as minhas reservas. Não sei que horas vou chegar em Natal. Vou [viajar] para assistir aos jogos [da Cop], [mas] não sei o que vou fazer”, afirmou.
Uma família de Campo Grande, na Zona Oeste, também perdeu o voo que estava marcado para Recife. “Saímos supercedo e perdemos. Vamos aproveitar a Copa em Recife, mas agora não sei se vai ter outro voo para a gente”, lamentaram Maria das Graças Vieira e Tuane Carvalho.
O canadense Steven Ross também tentava remarcar um voo para Recife. O turista contou ao G1 que perdeu a passagem por 10 minutos, por causa do congestionamento. “Parece que o voo de hoje já está lotado, então só teria amanhã. Se isso acontecer, eu não tenho lugar para ficar aqui no Rio. Não vejo problema na greve, a única coisa chata é o trânsito”, contou.
O engenheiro civil Ricardo Teixeira também foi prejudicado pelo trânsito próximo ao Galeão. “Eu tinha um médico em Salvador, e agora só depois da Copa.”
Já a professora carioca Rosa Maria dos Santos vai passar o Mundial em Foz do Iguaçu (PR). Segundo a passageira, ela só não perdeu o voo porque chegou com muita antecedência ao aeroporto. “A gente estava no trânsito desde as 6h30. Ficou tudo parado por causa da manifestação dos aeroviários”, disse Rosa Maria.
Lista de espera
As companhias Gol e TAM informaram que estão remarcando os voos da manhã desta quinta-feira sem nenhum custo. Mas a empresária Tatiana Maia contou que não teve sucesso, já que todos os voos para o Nordeste estavam lotados. Ela agora vai colocar o nome em uma lista de espera.
“Eu não consegui remarcar [o voo] porque não tem mais nenhum para o Nordeste. Fiquei 2 horas no trânsito. Como alguém pode permitir isso? Como eles fazem isso em um pais que é sede da Copa do mundo? Como 20 pessoas podem atrapalhar tanta gente? Eu sou casada com um americano, e a gente ia assistir aos jogos dos Estados Unidos contra Gana e do Brasil contra o México. Eu perdi toda a minha viagem, e quem vai pagar isso?”, reclamou a empresária.
Reivindicações
Os aeroviários do Rio começaram à 0h uma paralisação de 24 horas nos aeroportos do Galeão, Santos Dumont e Jacarepaguá, segundo o Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio (Simarj). A categoria reivindica melhores condições de trabalho e a assinatura de uma convenção coletiva. De acordo com o assessor do Simarj, Fernando Medeiros, 80% do serviço será mantido.
Os aeroviários são profissionais que não trabalham embarcados e atuam em aeroportos, balcões de check-in e áreas como manutenção, mecânica e serviços gerais, entre outras. Pilotos, comissários e funcionários de alfândega fazem parte de outra categoria, a dos aeroportuários.
O Simarj informou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou quase 20 mil voos a mais durante a Copa do Mundo – só no Rio de Janeiro, serão 2 mil a mais. Segundo o assessor do sindicato, não houve acordo entre os aeroviários e o Sindicato das Empresas Aéreas (Snea), e as companhias demitiram alguns trabalhadores antes do Mundial. O G1 tentou obter um posicionamento do Snea, mas até a última atualização desta reportagem não havia obtido retorno.
Fonte: globo.com
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