Com o aumento do movimento nas praias durante as férias de verão, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) reforça o alerta aos banhistas sobre o risco das correntes de retorno.
As correntes de retorno são um fenômeno natural do mar, mas que estão entre as principais causas de afogamentos no Litoral paranaense. Elas se formam quando a água trazida pelas ondas até a faixa de areia precisa voltar ao mar. Esse retorno acontece em pontos específicos da praia e cria uma espécie de “rio” em sentido contrário às ondas, com força suficiente para arrastar pessoas, inclusive em áreas rasas.
“A onda leva uma grande quantidade de água para a costa e essa água precisa voltar. Esse retorno acontece concentrado em um ponto, formando uma corrente muito forte, que pode puxar mesmo quem está com água na cintura”, explica a capitã Tamires Silva Pereira, do CBMPR.
Segundo ela, a presença de pedras, morros, encostas e molhes favorece a formação dessas correntes de retorno, tornando esses trechos ainda mais perigosos.
Como identificar as correntes de retorno
A identificação visual nem sempre é simples para quem não tem experiência. Por isso, os bombeiros recomendam que os banhistas sigam sempre a sinalização dos guarda-vidas, que fazem uma análise diária das condições do mar. Como o cenário pode mudar ao longo do dia, a orientação é perguntar ao guarda-vidas do posto antes de entrar na água.
“Geralmente, a corrente está em um trecho onde não há formação de ondas. Se você vê ondas quebrando de um lado e do outro, mas não naquele ponto específico, ali pode estar uma corrente de retorno”, orienta a capitã.
Condições como mar agitado, ventos fortes e períodos de lua cheia e lua nova aumentam a intensidade das ondas e, consequentemente, das correntes. “Quanto mais água chega à praia, maior é a quantidade que precisa voltar, o que potencializa a força da corrente”, destaca.
O que fazer se for puxado pela corrente
O comportamento do banhista é decisivo para evitar um afogamento. A principal recomendação é não entrar em pânico e jamais tentar nadar contra a corrente.
“Se perceber que está sendo puxado, acene imediatamente pedindo ajuda. Não lute contra a corrente, porque ela é mais forte do que você. O ideal é deixar que ela leve e nadar paralelo à praia até sair da faixa da corrente”, explica Tamires.
Se a pessoa souber boiar, deve manter-se flutuando, o que aumenta as chances de resgate pelos guarda-vidas. A capitã alerta ainda para um erro comum: tentativas de resgate feitas por familiares ou outros banhistas. “Muitas pessoas acabam se afogando ao tentar ajudar. A forma correta é chamar imediatamente um guarda-vidas ou ligar para o 193.”
Atenção redobrada com crianças e sinalização
Os guarda-vidas instalam placas ao longo da orla indicando os pontos de risco, que devem ser rigorosamente respeitadas. O banho é mais seguro nas áreas monitoradas por guarda-vidas, sinalizadas por bandeiras vermelho e amarelo.
No caso das crianças, o cuidado deve ser constante. “Criança precisa ficar sempre no rasinho e, no máximo, a um braço de distância do adulto. Mesmo correntes fracas conseguem arrastar uma criança”, reforça a capitã.
Outra recomendação importante é evitar o consumo de álcool antes de entrar no mar, já que a substância reduz os reflexos e a capacidade de reação em situações de emergência.
Recomendações dos Bombeiros para um banho de mar seguro
- Procure sempre praias com guarda-vidas
- Lembre-se: água na altura do umbigo é sinal de perigo
- Respeite todas as placas e sinalizações
- Informe-se com o guarda-vidas sobre os pontos mais seguros
- Evite nadar perto de pedras, encostas e molhes
- Mantenha crianças sempre no raso e sob supervisão constante
- Não consuma álcool antes de entrar no mar
- Ao ver alguém em perigo, acione os guarda-vidas ou ligue 193
Fuente de esta noticia: https://www.bemparana.com.br/noticias/parana/bombeiros-alertam-para-correntes-de-retorno-no-litoral-do-parana-saiba-como-identificar/
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