A Agência Espacial Brasileira divulgou que o primeiro nanossatélite desenvolvido integralmente no Brasil, lançado ao espaço em fevereiro, foi considerado inoperante depois que uma falha em um dos sistemas impediu o funcionamento do equipamento.
A informação consta em comunicado divulgado pela AEB, com base em relatório elaborado pelo corpo técnico do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o ITA, que construiu o equipamento em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. As instituições ficam em São José dos Campos (SP).
Com investimento de R$ 400 mil, o Cubesat AESP-14 foi lançado em 5 de fevereiro da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A não abertura da antena de transmissão de telemetria (responsável por enviar dados do satélite para a Terra) causou o fracasso do projeto.
No relatório encaminhado à AEB, os técnicos do ITA afirmam que essa abertura deveria acontecer 30 minutos depois do lançamento da ISS.
Foram feitas várias tentativas de funcionamento até que a bateria do Cubesat se esgotasse, o que aconteceu cerca de 15 dias depois do objeto estar em órbita.
‘Satélite de treinamento’
A construção do nanossatélite tinha como objetivo a capacitação de mão de obra para fabricar esses equipamentos no país e a criação de um modelo que pudesse ser copiado em outras plataformas.
Com as dimensões de um cubo, o satélite tinha 10 centímetros nas laterais e pesava cerca de 700 gramas.
A vida útil do equipamento era de cerca de três meses, período em que a comunidade radioamadora receberia aleatoriamente a sequência de 100 arquivos armazenados digitalmente.
globo.com
Foto: Divulgação/AEB
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