Os usuários do transporte público em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, terão que ter paciência nesta segunda-feira (2). Por causa dos protestos de caminhoneiros, os horários de ônibus vão circular em horários reduzidos: das 5h às 8h30, e das 16h30 às 19h. Conforme o diretor do Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans), Carlos Juliano Budel, a medida foi necessária para garantir o transporte da população ao menos até o fim da semana. Caso os estoques nos postos sejam normalizados, os horários normais voltarão a ser cumpridos, garante Budel.
“Se não optássemos por essa redução, não teríamos como colocar os ônibus nas ruas nem até metade da semana. Desta forma, pelo menos conseguimos garantir o transporte para que as pessoas possam ir e voltar do trabalho”, explica o diretor. Mais de dois milhões de passageiros dependem do transporte público na região.
A medida havia sido anunciada na sexta (27) com previsão de ser aplicada a partir de terça (3), porém precisou ser antecipada para esta segunda. No domingo (1º), o transporte coletivo funcionou com o número total de ônibus apenas nas linhas do Aeroporto Internacional e do Parque Nacional do Iguaçu. O objetivo das restrições é economizar cerca de 40% do combustível por dia. A frota de 159 ônibus consome quase 13 mil litros diariamente.
A falta de combustíveis provocada pelos bloqueios também suspendeu o transporte escolar por tempo indeterminado na região. Em Santo Antônio do Sudoeste, 1,7 mil alunos estão sem aulas desde segunda-feira (23). Já em Realeza, mesmo sem transporte, as aulas continuam e os estudantes prejudicados terão de repor o conteúdo quando o serviço for normalizado.
Os caminhoneiros que bloquearam algumas rodovias no interior do Paraná, entre sábado (28) e domingo (1º), aguardam fora das pistas na manhã desta segunda-feira. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), até as 7h os veículos estavam estacionados na beira das estradas.
Conforme os policiais, eles podem retomar com os bloqueios a qualquer momento. Na noite de domingo, quatro pontos estavam interditados. Desde a noite de sábado não há trechos interditados nas rodovias estaduais.
Ainda conforme a PRF, no início dos protestos, os caminhoneiros estavam fechando, preferencialmente, as rodovias federais. Diante da ameaça de multa, parte dos manifestantes adotou novas estratégias para enganar a fiscalização: a de trocar rodovias federais por estaduais.
A categoria protesta desde o dia 13 de fevereiro no Paraná contra o aumento do preço do litro do óleo diesel e o valor pago pelos frentes, que considera baixo. Para chegar a um acordo, o governo se comprometeu a sancionar sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, aprovada pela Câmara no dia 11 de fevereiro, e a não reajustar o preço do diesel nos próximos seis meses.
Em nota divulgada no domingo, o governo federal declarou que ampliará a presença de policiais nas estradas para assegurar o cumprimento de decisões judiciais que determinaram o desbloqueio de rodovias.
Confira os trechos com caminhões parados em acostamentos
BR-163, km 7, Barracão
BR-277, km 667, Medianeira
BR-277, km 343, Guarapuava
BR-369, km 487, Mamborê
BR-369, km 500, Corbélia
BR-373, km 478, Coronel Vivida
BR-373, km 444, Chopinzinho
BR-376, km 136, Nova Esperança
BR-376, km 112, Paranavaí
g1.globo.com
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