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Jue. Nov 21st, 2024
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Luna Paladinho criou o Helado Carioca e pretende ganhar R$ 5 mil por dia. Designer Luciano Barros vende saquinhos a R$ 4 na quadra do Salgueiro.

Com termômetros beirando os 40°C, a estação mais quente do ano chegou sem dar trégua até para os mais entusiastas do calorão. Para faturar uma grana extra com o verão, alguns empreendedores se valeram da criatividade e resgataram um antigo conhecido dos cariocas, o sacolé. Não que a cerveja tenha perdido seu posto, mas a iguaria, sempre bem geladinha, está nas praias, nos blocos pré-carnavalescos, nas quadras de escola de samba, e ganhou misturas alcoólicas que vão muito além da polpa da fruta.

Com mestrado em marketing, a carioca Luna Paladino, de 28 anos, deixou seu emprego em São Paulo, voltou para o Rio de Janeiro e oficializou em dezembro de 2014 a produção do Helado Carioca. Ela conta que a ideia de produzir sacolés com vodca começou há três carnavais, mas era tratada como diversão anteriormente.
 

“Eu usava o dinheiro que ganhava com os sacolés para viajar, passar férias, e tentava não mexer no dinheiro que eu ganhava com meu emprego. Mas eu cansei de trabalhar para os outros, decidi acreditar no potencial do meu negócio e usar tudo que aprendi”, explica ela, que montou sua “fábrica” no apartamento vazio de sua avó.

‘Chupa que é de uva’
Uva, mate com limão, coco com menta, açaí com banana são alguns dos sabores do Helado Carioca, e cada saquinho custa R$ 3 (sem álcool) e R$ 5 (com vodca). Luna, que trabalha com mais uma sócia, diz que conseguiu faturar R$ 3 mil por dia no carnaval do ano passado e que pretende ganhar R$ 5 mil por dia em 2015.

O designer gráfico Luciano Barros, de 42 anos, aposta na cachaça desde 2007 para manter e conquistar mais clientes com o “Sacolé Chupa Neném”. Ele, que se desdobra entre o trabalho de designer e sua “empresa familiar”, como ele próprio denomina, trabalha com encomendas e todas as sextas-feiras e sábados na quadra da Acadêmicos do Salgueiro, na Tijuca, Zona Norte do Rio.

“Parei de vender na praia porque era muito desgastante e o Salgueiro fica bem na rua onde eu moro. Vendo sacolé de coco, limão, maracujá e chocolate. Todos com cachaça de boa qualidade, a R$ 4”, garante ele, que pretende faturar R$ 8 mil no carnaval.

O casal de namorados Marina Martins, de 28 anos, e Oliver Barcellos, de 29, criou em 2011 o Caipilé Carioca. A ideia nasceu quando decidiram levar, para consumo próprio, sacolés com álcool para os blocos de carnaval. Hoje eles vendem cada um por R$ 6.

“Sempre gostamos de carnaval de rua e um dia quisemos fazer algo diferente. A cerveja fica quente muito rápido, é diurética, e quisemos pensar numa alternativa. Todo mundo gostou, porque a vodca era boa e as pessoas começaram a pedir para eventos”, conta Marina, que hoje trabalha com festas, aniversários e até casamentos.

globo.com


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